sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Judaismo e a Globalização

O Judaismo e a Globalização e suas novas Tendências

Jayme Fucs-Bar Jerusalem 7 de Fevereiro 2008


"Não só somos povo, terra , Diáspora, religião, cultura ou filosofia, somos um pouco de tudo ,pois somos uma Civilização". Acho essa visão do Modechay Kaplan brilhante e atual nesse novo momento, onde o judaísmo está sendo absorvido por uma nova revolução de valores que é a globalização, exatamente como fomos absorvido pela revolução francesa , o iluminismo e a revolução bolchevista nos últimos 200 anos. No Conceito clássico do judaísmo Moderno das “Eras das Revoluções” tínhamos definições ideológicas ,"claras" como ser sionista, ou anti sionistas ,bundistas, Troskistas,liberais ,direita ou esquerda. Com a Globalização o judaísmo pós moderno nos deu a possibilidade de ser um pouco de tudo,somos um judaísmo individualizado,onde se legitima ser sionista na diaspora e de ser comunidade em Israel,de freqüentar o Beit Lubavith no shabat, fazer o barmitzva com o rabino conservador ,converter a esposa ou o marido na sinagoga reformista, incentivar os filhos a participar de um movimento juvenil de esquerda,apoiando ardente a politica dos partidos de direita em Israel . Isso tudo se torna uma grande coerência neste judaísmo individualizado. Pertencer a tudo ao mesmo tempo não ter compromisso com nada. O judaísmo virou um grande Shopping Center neste novo século , onde o "cliente" ( o Judeu), escolhe o judaísmo como se fosse um produto de mercado. Ser judeu no mundo global é algo pessoal , individual não mais te exige a pertencer a um “clube ideológico” ou vestir uma só camisa ou ter uma só bandeira, O judeu no mundo global é um Judeu "camaleão" , sendo legitimo ter varias identidades judaica conforme o momento , a situação e o gosto pessoal..

Esse Espaço Aberto sem fronteiras criado pela globalização levará a transformação do mundo judaico e do estado de Israel. Ele abrirá novos caminhos , permitirá criar novos marcos de Judaísmo, novas correntes, novas sinagogas ,novos modelos de vida comunitária e sobretudo criará uma nova visão de relações entre comunidade e o estado de israel. Esse judaísmo pós Moderno já é parte de uma rede planetária , onde cada um pode manter uma relação virtual imediata com o mundo judaico , criando inclusive sua própia comunidade judaica virtual, que produz para si cultura, valores e conhecimento.



A revolução Global levará ao mundo judaico à procurar uma nova redefinição de suas identidades, será um novo reinventar do judaísmo, uma nova relação com Israel, já sentido fortemente nas novas manifestações , e nas tendência de comportamento das comunidades. Uma dessas tendências está na revisão da centralidade de israel, que para muitos desses judeus o Movimento sionista cumpriu o seu papel na história, e Israel se tornando mais um importante centro judaico no mundo e não mais o único. Para a esquerda judaica, Israel foi uma necessidade histórica do passado ,que não conseguiu cumprir o seu papel moral e ético com a questão palestina, deixando à desejar de ser para o mundo um “ Or la Goim” A Luz a humanidade . Para a direita fundamentalista e ultra nacionalista, o judaísmo e Israel são fruto de uma visão messiânica, são contrario a qualquer tendência de mudança que possa ameaçar sua visão messiânica, onde acreditam que para alcançar seus objetivos deverão usar todos os seus recursos, e essa postura já teve sua pratica no assassinato de Yzzak Rabin, e as ameaças que sofreu o ex. primeiro ministro Ariel Sharon.


Para os grupos Ortodoxo não sionista , o estado judeu foi um desastre da sua experiência laica, esses grupos usam o termo “Israel é o Lugar de Goim que falam Hebraico” essa mesma tendência nega Israel como um “Centro judaico Moderno” , Israel é para esses grupos um Centro Espiritual Bíblico. E finalmente a postura mais popular nos dias de hoje entre os grupos dos judeus das comunidades , é de um lado um forte apoio a existência do estado judeu “como um refugio pessoal para a sua existência em caso de momentos difíceis” e do outro lado se relacionam com Israel como uma antítese de sua própia missão criadora de “ garantir a existência e a segurança física para os judeus”, considerando Israel o lugar mais inseguro no mundo para se viver como judeu, porem “um bunquer necessário”. A Globalização criou e continuará criando novas perspectivas e avanços para o mundo e a vida judaica ,porém estará criando profundos abismos e paradoxos para a humanidade, sua tecnologia e economia global estará promovendo novos ricos, mas estará deixando um grande rastro de nova pobreza , marcado principalmente na classe media judaica, cada vez mais empobrecida, e em conseqüência ocorre o surgimento de um novo êxodo judaico, não mas para Israel e sim para novos centros judaicos como Alemanha,Espanha,Panama e Canada .

Nesta revolução Global o Judaismo,estará tomando um novo rumo, terá uma nova cara e criará novas tendências e manifestações . Sem sentir, estamos vivendo um ato da história da humanidade ,estamos no meio das barricas da Revolução global, onde os sons dos canhões e dos fuzis são diferente do se escutou nas revoluções anteriores . Nas ruas,nas escolas,nas casas e em toda sociedade se soa um Grito um único grito regido por 3 mandamentos básicos “ Individualismo, competição e o consumismo”,sendo à sua bandeira não mais o estado nacional e sim todo o planeta terra. Estamos neste momento vivendo em plena revolução global, já sentida suas transformações econômicas e sociais em todo o planeta. Como Judeus neste planeta ainda desgovernado , não temos que temer à procura de novas respostas ,devemos fazer novas perguntas , devemos procurando novas soluções criativas, exatamente como fizemos no passado de nossa história. Qual será essas novas tendências desse novo judaísmo? Como essa nova Revolução irá influenciar no Perfil do Estado de Israel? Como estará organizada as comunidades judaica num judaísmo sem fronteiras? Como manter a solidariedade judaica e o voluntarismo e a vida comunitaria,num mundo onde o seu significado não deixa de ser uma grande conquista individual? Como organizar e proteger essa civilização judaica num mundo que caminha para um grande conflito entre civilizações?

A Globalização nos levará a um novo conceito o da Civilização mundial. Nós judeus temos que saber como enfrentar esses grandes obstáculos neste próximo século, entre tantos e outros que já enfrentamentos, estará a necessidade de uma definição de um novo conceito o da “ Civilização judaica”. Neste processo o filosofo e sociólogo judeu Edgar Morin nos da uma pequena dica, numa definição brilhante de como chegar a essa civilização . “ Para chegarmos à civilização mundial, seria preciso que fossem conquistados grandes progressos do espírito humano, não tanto de suas capacidades técnicas e matemáticas, não apenas no conhecimento das complexidades, mas em sua interioridade psíquica” .

Jayme Fucs – Bar

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O GRITO MANSO


"O Grito Manso"
Jayme Fucs Bar
é um ato de Ação Individual para criar uma massa critica de concientização humana para que seja possível realizar um grande movimento de transformação social e ecológico."O Grito Manso" é um movimento individual – coletivo, onde cada ser humano devera assumir uma postura consciente de realizar ações individuais no seu dia a dia. Ações individuais em seu meio familiar e comunitario, consumindo menos, apoiando a micro-economia local, ativando-se como membro de uma comunidade e ao mesmo tempo atuando em uma rede universal, boicotando produtos cujo fabricantes não cumprem com obrigações sociais , não consumindo produtos que prejudiquem o meio ambiente, ser voluntário em atividades de ação social, participar de atos contra as guerras e genocídios humanos, ser ativo na luta pelos direitos dos exclui-los, tomar parte nas manifestações por justiça e por uma economia solidária. Todas as pessoas que se identifique com esse movimento deve como forma de manifestar sua ação individual colocar em suas roupas, nos carros, nas bicicletas, nas bolsas, nas janelas, uma fita de cor branca,escrito"O Grito Manso",fazendo escutar esse "Grito Manso" em cada canto de nossa sociedade .Vamos sair da apatia e do conformismo! Seja um agente de mudança! Seja parte da massa critica e propague essa ideia a todos os meios possiveis!Vamos pintar as ruas da cidade e dos campos com o fitas brancas fazendo aclamar um grande "Grito Manso" por uma sociedade social, solidária e ecologica!Vamos praticar o ato do " Grito Manso",que idealizou o educador Paulo Freire, Ato de conscientizar seres humanos, para um conciencia critica da sociedade,como forma de transformar-la e nos libertar para criar "Um mundo menos malvado , menos feio , menos autoritário, mais democrático, mais humano"Movimento "Grito Manso" Por uma ação individual

A Sociedade Alternativa de Martin Buber

A Sociedade Alternativa de Martin Buber
Jayme Fucs Bar – 7 de fevereiro 2008
Lendo os textos de Martin Buber no livro "Sobre a comunidade" fiquei impressionado como suas idéias consideradas utópicas em sua época, porém tão atuais na realidade de hoje, principalmente para aqueles que procuram ampliar a reflexão sobre o paradigma de como criar uma possibilidade real de se construir uma sociedade alternativa ao neoliberalismo . Buber considera o estado como uma sociedade "demasiado grande" de certa forma enferma, considera o seu centralismo perigoso como uma cegueira a todos os seus cidadãos e com conseqüências sociais,politicas e econômica trágicas a toda humanidade . Buber ve a criação de "novas comunidades", como o único meio possivel de superar os males da sociedade, e a forma de se conquistar uma vida melhor para todos os seres humanos no mundo. a Sociedade Ideal para Buber é aquela que é suficientemente pequena e estruturada para todos os seus membros , onde os membros podem ter uma participação ativa sobre todos os assuntos relacionados a suas necessidades , ele chamava essa estrutura de "democracia direta" diferente do que conhecemos no modelo democrático do estado da "democracia representativa". O Estado ideal para Buber seria aquele em que os seus cidadãos se dividiriam em pequenas unidades autônomas e independentes , viveriam organizados em pequenas comunidades onde a função do estado seria criar as condições objetivas para o funcionamento e organização dessas comunidades . Buber fala de uma comunidade onde se pode alcançar o dialogo real entre seres humanos, o termo "dialogo" é o ponto de partida do esquema de seu pensamento ,que é a relação entre o homem e o mundo , entre o Homem e Deus , ele chamou em sua obra "Eu - Tu ", e será através desse pensamento , que Buber vai nos apresentar uma nova proposta social e politica para a humanidade, que ele chamou de " A Nova Comunidade" . Para Buber o modelo social que melhor poderia favorecer esse tipo de "Nova Comunidade" seria o socialismo , mais Buber não propõem um socialismo de estado do tipo Russia ou Cuba, segundo a proposta de Buber ele propõem, " um socialismo comunitário", onde esse modelo seria construído a partir de estruturas comunitárias em todo o estado seja na cidade ou no campos. Buber não somente propoem comunidades cooperativistas de caráter de um tipo de economia solidária, propõem também organizar comunidades de caráter cultural, social e religioso. Buber em sua vida politica nunca alimentou qualquer esperança de que suas visões políticas pudessem arrebatar a maioria, mas ele acreditava que era importante articular a verdade moral de seu próprio ponto de vista ao invés de esconder suas verdadeiras crenças em prol de uma estratégia política. Esta autenticidade não rendeu a Buber muitos amigos durante toda a sua vida. Buber Acreditava que se deveria criar um estado judeu, porem um estado binacional, estava de um lado ligado as idéias politicas e sociais do Hashomer Hatzair onde foi um de seus delegados no congresso sionista de 1928 e 1929, porem não aceitava as idéias do sionismo clasico de Hertzl e estava muito influenciado pelas idéias de um sionismo cultural de Achad Haam.
Em 1938 perseguido pelos nazista se viu forçado a abandonar a Alemanha e vir morar em Israel ,onde se integrou a Universidade de Jerusalém , durante toda a sua vida em Israel foi muito ativo na vida politica, intentando reconciliar o crescente conflito entre árabes e judeus , vai em 1949 fundar o instituto de educação para adulto e será um dos fundadores do movimento Brit-Shalom, associação de intelectuais de esquerda muito ligado as idéias do MAPAM (partido sionista socialista operário) , que buscava vinculo de diálogo com os arabes com a intenção de criar um estado binacional . Buber faleceu em 1965 em Jerusalém, em sua morte irá vivenciar que o Kibutz e a Comuna constitui um exemplo que "o socialismo democrático utópico sim funciona" , e a " Nova comunidade" será a nova expressão politica e social da historia pós -moderna , um ideal que toda sociedade e todos seres humanos deveriam almejar. Fontes: Martin Buber Sobre Comunidade - Debates sociologia editora perspectiva 1987

Reflexões para um Judaísmo Secular Humanista

Reflexões para um Judaísmo Secular Humanista para o século 21
Jayme Fucs Bar - Outubro 2006
Como judeu que se define Secular Humanista, gostaria neste pequeno memorando de compartilhar com o leitor duas importantes reflexões sobre O que vem a ser Judeu Secular Humanista no Século 21 e a centralidade de Deus e do Homem.
O Judaísmo Secular Humanista vem se convertendo, nos últimos 40 anos, não só em um pensamento filosófico, mais sim em um movimento organizado, ou melhor, em uma nova e atuante corrente do judaísmo do século XXI.
Desde meados da década de 1960, surgiram 14 comunidades filiadas ao Jewish Secular Humanistic Community (Comunidade do Judaísmo Secular Humanista), principalmente nos Estados Unidos e em Israel, mas também na Europa, Austrália, México e Uruguai. Tais Comunidades têm como base a influência de personalidades e lideres como o Rabino Mordechai Kaplan, fundador do movimento judaísta reconstrucionista nos EUA e o Rabino Sherwin Wine (fundador do movimento Judaísmo Humanista também nos EUA e em Israel); podemos citar ainda, entre os mais influentes, Yair Saban, fundador do movimento Meitar, que vê o judaísmo como cultura. Saban é ex-ministro de Israel pelo antigo partido socialista Mapam.
O que essas três grandes personalidades, Kaplan, Wine e Saban, têm em comum é a centralidade do Homem no mundo; em suas comunidades judaicas, eles talvez expliquem tais conceitos através de diferentes ângulos, mas mantêm sempre a mesma base do Homem como centro.
Mas o que levou o pensamento filosófico do Judaísmo Secular Humanista a se organizar em comunidades estruturadas no século 21?
Uma resposta a essa pergunta deve levar em consideração isto: o que vem a ser Judeu no Século 21, na era da Globalização?
Se Napoleão vivesse hoje, em plena Revolução Global, logicamente não faria aos 71 senedrim (lideres religiosos) as 12 perguntas que fez na França de 1807. Talvez fizesse apenas uma: Quem é judeu?

E obteria inúmeras respostas, todas diferentes e corretas. Napoleão provavelmente sairia insatisfeito desse encontro; sua grande dificuldade, em pleno século 21, seria definir a quem fazer tal pergunta, uma vez que temos, hoje, um judaísmo de tantos tipos de senedrim diferentes.

Judaísmo é, hoje, uma fusão de identidades mundiais; não existe mais uma identidade judaica única, somos judeus de identidades diversificadas, de valores e conceitos que mudam num ritmo acelerado. As identidades no Judaísmo deste século recriam-se, renascem, revitalizam-se em um novo e versátil judaísmo de "caras novas", onde as correntes clássicas desse judaísmo se transformam para sobreviver e se adaptam ao novo padrão das identidades globalizadas.

O Judaísmo Secular Humanista faz parte integral desse processo, ele está tomando um novo ritmo, criará um novo rumo na vida judaica.

O que se chamou de pensamento Judaico Secular Humanista no passado foi, sem dúvida, o resultado de um processo de 200 anos de emancipação, tem origem na revelação de Copérnico sobre a terra não ser mais o centro do universo; esse judaísmo assumiu a coragem de Darwin ao afirmar que o homem não é mais filho de Deus; esse judaísmo sentou-se no divã de Freud quando se identificou com a revelação de que o homem é um labirinto povoado pelo inconsciente; esse Judaísmo Secular Humanista é fruto do pensamento de Spinoza, Mendelssohn, Hess, Marx, Buber, Sartre, Theodor Hertzl e muitos outros.
Quem desejar se definir como um judeu secular humanista do século 21 terá de enfrentar grandes desafios – não na necessidade de reafirmar o pensamento "O homem como centro do mundo, ou da vida judaica", mas na reconstrução dos fundamentos do pensamento judaico secular humanista, dentro da compreensão de que o judaísmo é uma civilização.
Compreender isso não é o suficiente. É preciso, ainda, saber se unir e atuar como judeus seculares humanistas. E para isso é necessária a organização em estruturas comunitárias voluntárias e ativas, como as que vêm surgindo nos últimos anos em sociedades judaicas em diversas partes do mundo.
Quem crê em um Judaísmo Secular Humanista precisa conhecer e agir de acordo com preceitos judaicos. Essa prática deverá estar presente em toda a esfera da vida da comunidade, nos aspectos cultural, histórico e educativo, realizando o ciclo da vida judaica através do Brit Milá, de casamentos, Bar Mitzva e Bat Mitzva, entre outras festividades judaicas.
Para que o leitor possa compreender melhor a prática desses conceitos, seguem algumas idéias já integradas e definidas em comunidades judaicas seculares humanistas:
· O Judaísmo Secular Humanista para o século 21 deverá restabelecer de forma clara o direito do povo judeu a seu centro civilizatório, que é a terra de Israel. Deverá lutar contra o racismo, o anti-semitismo e o fundamentalismo religioso; deverá restaurar a vida e a cultura judaica através da educação, fortalecendo o núcleo comunitário e o movimento juvenil.
· A educação judaica secular humanista não somente depende da compreensão seus rituais, mas também deve capacitar os seus indivíduos para uma amplitude cultural judaica voltada ao pensamento critico e analítico, para a formação de lideranças capacitadas a enfrentar as possíveis manifestações de antagonismo e hostilidade ao mundo externo.
· A expressão de civilização judaica tem como base de estudo de texto judaico a interpretação das expressões de nossos antepassados e relacionando-as ao pensamento moderno, condicionando-as e interpretando-as de maneira relevante dentro do contexto da sociedade pós-moderna.
Devem ser incentivadas as manifestações culturais e artísticas como forma de criar um espaço comunitário atrativo, absorvendo, assim, judeus afastados do judaísmo. O Judaísmo Secular Humanista acredita que judeu é todo aquele que se identifica como judeu e está vinculado de forma ativa a sua historia, cultura e tradições.
Com tudo isso, onde fica Deus dentro dessa visão de Judaísmo Secular Humanista?
Deus existe ou não?
Se fizéssemos esta pergunta, “Deus existe ou não?”, para Kaplan, Wine ou Saban, eles nos dariam três respostas diferentes – porém, é incerto qual deles poderia responder essa grande pergunta com mais segurança e firmeza. A verdade, pode-se dizer, é que muitos judeus seculares humanistas concordariam que "Sim, Deus existe – em nossas consciências. Ele é um, mas não é o centro deste mundo; o homem é o centro".
Para explicar melhor essa afirmação, temos que voltar às fontes de uma passagem bíblica em Êxodos, que talvez seja uma das mais importantes para os judeus humanistas; ela nos revela algo interessante sobre a questão da centralidade de Deus e do Homem. Essa passagem revela o diálogo sem fronteiras entre Moisés e Deus.
Conta-se em Êxodos que Deus manteve um diálogo profundo com o profeta Moisés, em que revelou, inclusive, um de seus vários nomes. O Profeta Moisés talvez teve que transcender os conceitos de tempo e de espaço para poder chegar mais perto desse Deus.
Esse Deus anuncia um dos mais importantes eventos da humanidade, a todos os seres humanos representados, ali, pelo Profeta Moisés, na entrega das Tábuas das Leis; Tábuas que devem estabelecer o pacto profundo entre Deus e o Homem. Esse pacto, escrito em pedra fundida, é denominado Os Dez Mandamentos.
Mas que Leis são essas? Para quê Deus nos apresenta essas Leis? Talvez Deus tivesse a intenção de nos dizer que os Dez Mandamentos eram o código moral e ético que deveria reger todos os seres humanos que vivem na face da Terra, e, como judeus, deveríamos divulgar esses mandamentos a toda humanidade.
Talvez o nosso Profeta Moisés, nesse dialogo tão humano, ainda tenha tido a coragem de perguntar a Deus: "E agora, Deus? O que vai acontecer? Para onde Vamos?” E talvez esse Deus tenha respondido: "A partir de agora, vocês, seres humanos, serão o centro da terra. Vocês têm um código moral e ético a ser cumprido, portanto, se virem! Eu irei para outros cantos, eu estarei em outros tempos celestiais".
O Judaísmo Secular Humanista procura "se virar", assumindo responsabilidades, neste mundo conturbado em que vivemos. Já se passaram mais de 4 mil anos e as metas de moral e da ética das Tabuas das Leis ainda estão muito longe de ser alcançadas,. E essa é, talvez, a grande missão do Judaísmo Secular Humanista; responsabilidade que deve ser assumida por nós, seres humanos, aqui na Terra, e não entregue a Deus.


O filósofo humanista Kenneth Phife define sua visão de Deus de forma muito interessante:
"O humanismo nos ensina que é imoral esperar que Deus aja por nós. Devemos agir para acabar com as guerras, os crimes e a brutalidade desta e das futuras eras. Temos poderes notáveis. Termos um alto grau de liberdade para escolher o que havemos de fazer. O humanismo nos diz que, não importa qual seja a nossa filosofia a respeito do universo, a responsabilidade pelo tipo de mundo em que vivemos, em última análise, cabe a nós mesmos."
Se a responsabilidade sobre o mundo e os seres humanos cabe a nós e não mais a Deus, de que forma podemos assumi-la?
O Judaísmo Secular Humanista deve assumir o legado recebido pelo Profeta Moisés no alto do Monte Sinai. Devemos fazer de cada uma dessas comunidades a consciência da memória do Legado da Ética e da Moral recebido no Monte Sinai. Devemos nos responsabilizar e garantir que esse Legado seja difundido para todo mundo, com o intuito de alcançarmos um mundo melhor e mais humano.

Jayme Fucs-Bar

Os novos profetas dos tempos modernos

Os novos profetas dos tempos modernos

Jayme Fucs Bar
2008

Nestes novos tempos modernos, onde o tema da exclusão social e econômica, se torna cada vez mais preocupante a âmbito mundial, onde os números dos relatórios mundiais surpreendem a previsão otimista dos anos anteriores, que a nova economia global, levará a sociedade humana a um processo de socialização das riquezas, da tecnologia e do conhecimento.
Os atuais relatórios das organizações mundiais, ONU, UNICEF mostram um quadro bastante diferente, e até arrepiante para toda a humanidade.

Hoje nestes novos tempos modernos se pergunta Quem realmente importa sobre esses dados? O que importa que existe 828 milhões de seres humanos com fome crônica e outros 2 Bilhões de desnutridos? Quem vai assumir as responsabilidades e tomar atitudes para os mais de 3 Bilhões de seres humanos que vivem, e ganham menos de 2 dólares por dia? Quem deverá tomar uma providência para os 1300 Bilhões que ganham um dólar diário?.. Quem ira chorar e se lamentar pelos 8 milhões de seres humanos que morrem anualmente por causas evitáveis, entre elas 1.700.000 crianças por falta de vacinação?Nesta realidade global de disparidades sociais e econômicas, falta a presença dos projetas, como Jeremias, Amos, Zacarias, Moshe e outros para denunciar nas praças publicas, e enfrentar sem medo a imoralidade social e econômica regida pelos senhores poderosos do mundo.
Foram eles os profetas que entenderam já em seus tempos, que o conceito dito por Maimonides “Eu creio com fé absoluta que o Criador, bendito seja seu Nome, é o único e não existe, de maneira alguma outra Unidade como Ele e Ele foi, Ele é Ele será". Esse conceito como bem explica Bernardo Kliksberg "Era a base dos princípios dos profetas, Isso quer dizer, que Todos os seres humanos são iguais nos mais amplo transcendente, somos iguais desde a sua origem somos iguais na responsabilidade uns com os outros".
Essas perguntas a esses conflitos da humanidade deverá ser uma preocupação central de todo humanista, ele deverá se preocupar de forma profunda sobre essa realidade imoral, profundamente preocupante para todos aqueles que acreditam na humanização do planeta e sobretudo na situação dos seres humanos oprimidos.




Nestes novos tempos modernos ser humanista é procurar no seu interior a neshama (o espirito) dos profetas, Fazer esse espírito renascer mais uma vez para a humanidade, reivindicar e denunciar os direitos dos seres humanos a educação, a saúde, a bem estar social, nessa mesma neshama (o espirito) dos profetas que devemos assumir hoje em defesa aos excluídos e oprimidos e exigindo e lutando por uma sociedade mais justa.

Os Profetas que em sua época, não somente direcionaram suas manifestações contra os soberanos, seus gritos de justiça e igualdade, foram dirigidas tambem para toda a sociedade humana, eles reivindicaram e denunciaram sem medo punição aos poderosos.
Os profetas exigiram mudanças e reformas sociais, moral e ética na sociedade, e sobretudo pregavam o legado do todo-poderoso fazer em pratica o " Tikun Adam, Tikun Olam " isso quer dizer restaurar o ser Humano, para restaurar a Humanidade " .
A neshama (o espirito) dos profetas existente dentro de cada um de nos, e será dentro dessa realidade pós moderna, globalizada, que cada um de forma individual, deverá despertar esse espirito dos profetas, adormecido dentro de nos.

Deveremos como os profetas, assumir a consciência das responsabilidades humanas, criando assim na prática ações individuais e coletivas, organizando lutas pela paz e a não violençia, manifestações pacíficas e criando novos modelos de sociedade alternativa para o bem-estar dessa humanidade.

"Não é de se surpreender que à Visão profética de uma humanidade unida e pacífica de justiça para os pobres e oprimidos encontrou um solo fértil entre os judeus é surpreendente em ver que quando as muralhas do gueto caíram, tiveram entre os os judeus um número desproporcionalmente grande entre os que proclamaram e defenderam os idéias do internacionalismo, paz e justiça..... Os Judeus por se encontrar entre os sofridos e desamparados, foram eles capazes de desenvolver e defender uma tradição humanista." Erich Fromm (1986)

Fontes:
El Judaismo Frente a la exclusion Social Bernardo Kliksberg
Unicef Brasil http://www.unicef.org/brazil/unicefnobrasil.htm
PNUD Brasil http://www.pnud.org.br/home/
Fromm Erich (1986) y sereis como dioses (Barcelona Editorial Paidós Ibérica)
Bonder Nilton (2003) Sobre Deus e o Sempre ( Editora Campus)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Manifesto Da Esperança

O Manifesto Da Esperança
Por Uma Sociedade Global Solidária

Jayme Fucs-Bar


Kibutz Nachshon Israel - Janeiro 2007


Editoração e organização literária – Professor Elias Salgado


Numa entrevista sobre globalização e ecologia, o sociólogo francês, Edgar Morin, definiu de forma muito especial, o que é a globalização..
“A globalização é uma nave espacial movida por quatro motores associados e, ao mesmo tempo, descontrolados: ciência, técnica, indústria e capitalismo”.

O Grande desastre dessa nova era pós moderna, foi determinarmos já nos finais dos anos oitenta que "estamos na era do fim das ideologias, "uma era de grandes esperanças". " O fim da História" Fukuyama .
Essa determinação é parte dessa nova ideologia.Ela vem criando entre nós um conceito ilusório,de que a ciência e a tecnologia movidas pela economia global, iriam trazer a felicidade e o bem estar da humanidade, recriando uma nova sociedade,onde todos seriam parte dessa riqueza.
Os resultados dessa afirmação tem nos provado o contrario. Nestes últimos vinte anos , de uma lado a globalização nos levou a grandes avanços tecnologicos e científicos. Porém, essa revolução global ,está dominada pelos " fundamentalistas do mercado". Eles usam os meios da globalização e de seus mercados como uma religião onde "Deus" é o dinheiro, e não existem regras ou normas para sua falta de escrúpulos na busca do lucro.
Esse "fundamentalismo do mercado" é que vem levando à desumanização do ser, e ameaça o planeta com sua destruição ecológica; causando o esgotamento das fontes de riquezas e aumentando a fome e a miséria .
Essa prática econômica imoral, ameaça a nossa própria condição como seres humanos no planeta, criando um abismo social profunto.
O Relatório de Desenvolvimento Humano, do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2006 mostra que :
" quase 2 milhões de crianças morrem todos os anos por falta de um copo de água limpa e banheiro em suas casas. Um bilhão e duzentos milhões de pessoas sobrevivem com menos do que o equivalente a $ 1,00, e 1% dos ricos do mundo tem a renda equivalente a dos 57% dos mais pobres do planeta , e 10 milhoes de pessoas morrem por ano por falta de assistência médica".
A conturbaria social, a competição sem limites ,e a pressão social da sociedade global, estão criando novas identidades nos seres humanos:estamos perdendo o parâmetro da pertinência de tempo e de um marco expecifico. Podemos hoje, pertencer é ao mesmo tempo não pertencer a nada. Somos indivíduos solitários , dos quais, o grande amigo é uma tela de computador e o toque sensual de seu teclado.
Essa é a forma de nos integrarmos no mundo global de grupos e sociedades virtuais, reais e ao mesmo tempo imaginários ,onde os campos do real e o virtual se confundem dentro de nossa realidade e conciência .
Nossas mentes estão integradas num todo e absoluto sistema de comunicações , rápido e eficiente dando a sensação ilusória , de termos em nossas mãos o poder e o dominio de extraordinárias riquezas.
Sonhamos de certa forma acordados, como se tudo estivesse ao alcance de todos.Porém, nada nos pertence , somente o direito de ter de imediato uma grande ilusão virtual.
Nunca tivemos tanta comunicação, nunca fomos tão pobres no diálogo entre seres humanos .O ser Humano atrofiou a cultura de dialogar, de ouvir, de respeitar opiniões e de ter o direito de ser diferente.
Dentro desse processo de massificação global, seres humanos criam mecanismos de defesa . Muitas vezes inconcientemente, esses mecanismos são a busca de refúgio contra o sentimento de caos e de vazio que sentimos nesta sociedade.
Tais mecanismos geralmente, nos levam a procurar um abrigo temporário dessa realidade,algo que nos dê um resultados imediatos para lograr fugir desse mundo descontrolado.O consumo do álcool e das drogas, é sem dúvida uma dessas manifestações de fuga.
Queremos sair da realidade desse o mundo que nos rodeia pelo menos por um determinado tempo.Isso quer dizer, sair desse tempo real do agora e se desligar do caos desse mundo .Se desconectar por algumas horas se tornou uma necessidade básica da maioria das pessoas do planeta, onde estamos constantemente conectados .
Essa grande necessidade inconsciente de se desconectar do caos, de parar o tempo por algumas horas ou mesmo por alguns minutos, vem sendo explorada não somente pelo grande e prospero mercado do narcotráfico , e pela indútria de bebidas alcoólicas. Ele vem sendo explorados de forma cinica e imoral, também,pelos meios de comunicação e a propaganda em peral. Seres humanos são produtos do mercado.
Essa dependência fisica e psicológicas coletiva, vem criando uma geração domesticada e alienada da possibilidade de ter um sentido maior sobre a essência de suas vidas e sobretudo, criando uma juventude sem esperança, caracterizada por uma alienação coletiva, nos levando a cultura do conformismo e do pessimismo " Assim é o mundo nada podemos fazer" esse determinismo conformista de aceitar a realidade e o “ destino do caos” é destrutivo para nossa condição de sobrevivência neste mundo .

Essa grande "Alienação coletiva" também se manifesta na forma de pensar e agir na sociedade global: nos comportamos como máquinas de consumo.Somos um produto, que veste as mesmas roupas,ouve as mesmas músicas,assiste aos mesmos programas de TV. Compartilhamos e consumimos os mesmos produtos.
Sem entendermos muito, nos tornamos escravos de um sistema que nos determina uma cultura de comportamento regida por uma pedagogia de massificação generalizada.
Estamos domesticados a não se rebelar, O sistema consequiu minimizar a luta da classe dos trabalhadores, criando uma estrutura de sindicados divididos onde a maioria das lideranças sindicais está governada e atrelada aos patrões. Criou-se um sistema de contratos individuais e firmas de importação, de exploração de trabalhadores estrangeiros-os novos escravos dessa decada-vivem sem direitos sociais, sem dignidade.

Os governos abriram mão das responsabilidades para com seus cidadões, de garantir-lhes serviços sociais ,educação ,saúde, e bem-estar social para todos.As estruturas sociais estão sendo substituidas pelas As ONGs , e as instituições filantrópicas , mesmo com muita boa intenções jamais esses organismos poderão substituir a responsabilidades social governamentais .

Se falamos de alienação coletiva,devemos citar também as estruturas oficiais da educação da sociedade . Estas estruturas,cada vez mais, se transformam nas sociedades globais, em grandes super mercados de ensino, onde a sociedade determina a seus educadores “depositar” seus conhecimentos como um "bancário " * Freire.
A função desses "conhecimentos", desses "saberes", está simplesmente relacionada às necessidades de um mercado competitivo,à luta por um bom lugar na sociedade disponível a poucos . O aluno é um número. Seu valor depende de uma boa nota escolar .
"O ensino fornece conhecimento, fornece saberes. Porém, apesar de sua fundamental importância, nunca se ensina o que é, de fato, o conhecimento. E sabemos que os maiores problemas neste caso são o erro e a ilusão". * * Edgar Morin. Os sete saberes necessários à educação do futuro 1999 Unesco

A escola para muitos destes alunos é um grande sofrimento. É impossível gostar de estudar matemática, física,biologia,história etc...; onde a estrutura do ensino não tem nenhuma preocupação de relacionar o ensino como parte pratica e integral de nossas vida.
A escola não busca ensinar e a construir atravez do conhecimento e do diálogo.

A escola é mais do que um objeto das necessidades do mercado global, em muitos casos a escola é um exemplo da realidade social do planeta,onde se manifestam a violência e a falta de segurança.
Esta realidade global de caos, deu origem às reações e sentimentos de rebeldia e protestos contra a globalização,. não somente dos grupos ecológicos e ativistas convencionais da antiglobalização, como Green Peace ou Friends of the Earth e outros. Esses grupos ecológicos procuram se organizar no campo politico e no ativismo militante contra a globalização; se manifestam na procura de exigir da sociedade que crie um programa de ação mundial para a humanidade ,onde haja leis e restrições ao caos do planeta. Esses grupos são boicotados, perseguidos ,e muitas vezes ameaçados,pelos poderosos grupos de interesse.
Consequência disso, vem como opção, o fundamentalismo religioso internacional, que de forma assombrosa e apocalíptica, vem se tornando um dos maiores ativistas ,e militantes contra os " fundamentalistas do mercado"e a globalização. Esse processo se verifica no surgimento de diversos grupos e comunidades de caráter "religioso" onde o caos social,a convulsão e a destruição das estruturas morais e éticas da sociedade, levaram ao fortalecimento dessa realidade e nos revela um dos grandes dilemas dos tempos pós modernos: de um lado, estamos no auge da revolução cibernética e tecnológica .E ao mesmo tempo convivemos com o fenômeno da desenfreada procura da religiosidade, e sobretudo a formação e o fortalecimento de organizações e paises de caráter totalmente regilioso.

Estas comunidades, e países tem como objetivo claro, se isolar da sociedade em geral, criando sua propria "sociedade alternativa" para se defender da influência e dos valoresda sociedade global, usando todos os meios para se "proteger" .

Estamos num mundo de "choques entre civilizações " e de certa forma também, de choques entre dois conceitos fundamentalistas de civilização: de um lado o fundamentalismo religioso liderado pelo Irã e Al-qaida e do outro, o fundamentalismo de mercado liderado pelos EUA e as grandes multinacionais.
Nesta disputa, os fundamentalistas estão dispostos, a usar todos os recursos para alcancar seus objetivos sagrados:de um lado a propagação das guerras e da exploração econômica e social, e do outro, o terrorismo internacional, a violencia generalizada, o fanatismo e o ódio ,envolvendo o mundo numa ameaça núclear de consequências inimagináveis.


Os Estados-nações continuarão a ser os atores mais poderosos nas questões mundiais, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre nações e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global. As guerras civilizacionais serão as batalhas do futuro.
*Samuel Huntington Clash of Civilizations 1996

A sociedade global vem perdendo seus valores básicos, ameaçando a democracia, fortalecendo o fundamentalismo religioso e o neofacismo.
Esta sociedade- principalmente representada pelos seus gobernantes-ao invés de ser o exemplo para seus cidadãos ,é modelo de corrupção, excesso burocrático, má administração , violência parlamentar; de políticos incompetentes de clientelismo e máfias estatais
.Isso faz parte do conjunto de sintomas de uma estrutura sócio-política enferma ,que não pode ser um exemplo moral e ético para as novas gerações , uma vez que não possibilitará que se criem as bases de uma cultura de valores dignos.

A globalização é sem dúvida uma nova revolução e seus efeitos estão sendo sentidos aos poucos em toda a humanidade. Estamos de um lado,ainda presos aos conceitos do nacionalismo da revolução francesa, da revolução industrial, da economia nacional, da pátria e da cultura nacional,e por lado, vivemos num mundo global sem fronteiras com uma economia e cultura globalizadas.


"Essa revolução global e sua economia é no momento uma grande e desordenada nave espacial que vaga pelo espaço do planeta terra, deixando uma grande rastro de destruição" Edgar Morin entrevista no Le Monde 2002

Mesmo que muitos de nós estejamos eufóricos e cegos com o brilho dessa revolução e suas mudanzas; necessitamos acordar dessa ilusão antes que ela se torne um grande pesadelo para a humanidade.
A economia da globalização e sua sociedade desordenada, precisam de leis planetárias ,que possam criar uma nova alternativa de sociedade global-alternativa esta,contrária a desumanização do ser humano e a consequente destruição do planeta

Para podemos enfrentar esta realidade,é necessário um radical processo de mudanças na estrutura da economia global , criando uma economia solidária, melhorando a distribuição de bens privados e públicos; amparando as redes de segurança social e impondo regras, que sejam consequência de uma real preocupação com os menos favorecidos, e que contemplem os investimentos necessários no plano social e de meio ambiente .

"Economia Solidária constitui o fundamento de uma globalização humanizadora, de um desenvolvimento sustentável, socialmente justo e voltado para a satisfação racional das necessidades de cada um e de todos os cidadãos da Terra seguindo um caminho intergeracional de desenvolvimento sustentável na qualidade de sua vida" ...
*Luis Razeto Economia de solidariedade e organização popular 1993


Para construir de fato uma sociedade global de economia solidária,é preciso criar movimentos políticos ativos. É preciso estar presente nos processos democráticos de cada país , para conquistar espaços políticos que possibilitem realizar mudanças estruturais na sociedade global no âmbito regional e mundial.
Para isso é de prioridade neste processo, incentivar a educação como forma de levar a concientização dos seres humanos para a participação politica ativa em todos setores da sociedade, criando projetos de cooperação e de solidariedade entre grupos de pessoas, nos bairros, nas fabricas, nos campos , nas comunidades,escolas, instituicoes etc.
Esses projetos são manifestações práticas de vivência e aprendizado.É a forma de provar como é possivel dentro do próprio capitalismo global, criar alternativas sociais e economicas diferente.
Esse processo de aprendizagem e vivência é o meio de concientizar aos pequenos grupos,da necessidade de se organizar e criar pequenas comunidades de estruturas cooperativistas de economia solidária na cidade e no campo.
Isso quer dizer,se organizar em pequenos grupos de pessoas num mesmo edifício ou numa mesma rua do bairro .Criar comunas de jovens estudantes universitários, criar comunidades no campo e nas pequenas cidades, e fazer, na prática,suas vidas estruturadas num economia solidária.
Se isso acontecer serão estas pequenas comunidades, comunas e grupos,os militantes naturais de atuação politíca e social dentro da sociedade e de todo planeta,dando assim, um poder maior de organização, ampliando cada vez mais novos círculos formando uma grande “teia da aranha”, que comece de um pequeno círculo de pessoas e grupos e se espalhe por todo o planeta.

Essas estruturas ativas de cooperação e de solidariedade criarão um novo movimento político e social no planeta .Criarão redes nacionais e internacionais identificadas., Gerarão estratégias de atuação política e de ajuda mútua no combate aos fundamentalistas da globalização .
Existe hoje uma necessidade vital, de se organizar a nível mundial ,e lutar pela humanização do planeta . Precisamos voltar às ruas,não mais como nações isoladas de suas realidades, mais sim, como cidadãos do mundo.

” Não faz muita diferença o que as pessoas são,se elas fazem parte de um sistema elas irão funcionar da maneira que o sistema dita que funcione,Dali em diante fiquei mais preocupado com mudanças estruturais do que mudar o coração das pessoas”. *Myles Horton caminho se faz caminhando 2003

A busca de soluções para conflitos humanos se deve a um processo de concientização do seres humanos.Para que isso ocorra, precisamos criar espaços para dialogar.
Dialogar quer dizer pensar em conjunto sobre nossa condição de seres humanos .E somente através do diálogo coletivo-em pequenos e grandes grupos - é que poderemos superar a massificação e os vícios do individualismo, da competição e do consumismo já bastante enraizados em nós. Este é o caminho mais curto para, se criar uma nova consciência coletiva geradora de novos valores.
Somente através de tal dinâmica de atuação – a do diálogo aberto e conjunto -, será possível lograr tal nível de consciência coletiva, que leverá a grande maioría a se mobilizar e atuar de forma efetiva contra o caos da economia global.


.A conciência adquirida no dialogar, é que nos posibilita uma nova identidade como seres humanos. Somente conscientizados e identificados é que podemos atuar no mundo como guardiões contra as ameaças à nossa própria existencia.


Identidade é a procura de um constante dialogo com nossas forças interiores . É não aceitar o que nos impõe a sociedade global como única realidade. Precisamos saber nos perguntar e não ter mêdo de procurar as respostas que nos libertem do conformismo,e da apatia ,para que possamos lutar e nos manifestar pela humanização do ser .



Nós seres humanos dominamos as ciências, desenvolvemos alta tecnologia.
Porém ainda somos seres primitivos ao dialogar com nossos pares. Ainda estamos em nossas mentes, presos ao medo, ao determinismo do sistema imperante na sociedade global.
Neste estado primitivo de desconcientização ,de massificação,é que nos tornamos desumanos e destruidores .E este estado letárgico de ser está nos levando levando a cegueira e ao delirio de crer em governos e lideranças que odeiam seres humanos por serem diferentes. Que nos fazem acreditar num Deus egoísta , violento e ameaçador,e nos impingem, uma ideologia de poder de guerras e dominação; nos semeam o racismo, o antisemitismo, e o fundamentalismo suicida.Governos que produzem a FOME, a miseria e a morte devastadora.Tudo isso legitimado por um tipo de codigo ético-moral que se dá o direito de trucidar ,explorar, destruir,humilhar aos outro em nome da pátria, da religião e do dinheiro.

Precisamos desenvolver uma nova sociedade Alternativa , com uma conciênçia de que somos cidadãos plenos desse planeta .Que somos co-responsáveis por garantir o bem-estar social de todos seres humanos, dando a todos o direito a educação a saúde, e a uma melhor participação nas riquezas por nós produzidas.
Precisamos criar novas regras e leis mundiais de mercado, colocar em prática um programa de restauração do planeta que estanque já a destruição ecológica.em andamento.

Cabe a cada um de nós lutar pelo direito à vida, pelo direito de viver num mundo ecológicamente saudável, mais humano,mais justo ,mais solidário.
Não podemos aceitar esse conformismo generalizado essa falta de esperança. Devemos nos concientizar dos nossos direitos no planeta Devemos buscar a essência da vida como Paulo Freire bem declarou “ Estar no Mundo com o Mundo”. E acrecentaria e não no mundo contra o mundo.

Seremos no futuro uma nação planetária. Cidadãos do mundo, que se expressarão com culturas,tradições e idiomas diferentes,porém terão uma bandeira em comum a bandeira do planeta Terra, onde o lema deverá ser o bem-estar da humanidade.



Jayme Fucs-Bar

Depoimento Pessoal sobre a ilogica da Guerra

Depoimento pessoal sobre a inlogica da Guerra


Meu nome é Jayme Fucs Bar sou judeu, socialista e me identificado com o movimento humanista mundial, atuo dentro do espaço democrático de organizações israelense, como Paz Agora, partido Meretz,e a Hashomer Hatzair, Luto pela Paz e a não-violência nesta região, Luto pelo reconhecimento dos direitos legítimos do povo judeu e do povo palestino de sua autodeterminação nacional e cultural. Luto pela devolução dos territórios ocupados na Cisjordânia, luto contra o fundamentalismo judeu de criar novos assentamentos nos territórios ocupados.Luto contra todo tipo de fundamentalismo religioso seja cristão, islâmico ou judeu.

Me considero junto como outros milhares de israelense uma importante massa crítica dentro dessa sociedade, onde somos contrário a qualquer tipo de alternativa militar,e o nossos gritos se manifestam em todos tipos de Violência . Ter uma consciência Pacifista e humanista em Israel e na realidade do Oriente médio é considerado como um ato de ingenuidade, onde somos considerados como sonhadores, utópicos ou mesmo lunáticos ate como traidores dentro do ponto de vista da extrema-direita israelense.

Ser humanista em Israel e no oriente médio na verdade não é fácil, Vivemos num lugar carregado de ódio e violência pelo fato desses dois povos judeus e palestinos acharem em suas crenças e culturas o direito da herança histórica de uma mesma terra.

Nos do movimento Humanista em Israel somos no momento como em vários países no mundo uma minoria, porem uma minoria ativa, ou melhor uma voz de esperança a todos e qualquer ser humano, independente de sua nacionalidade,culura ou religião, para nos o ser humano é o centro, e a única coisa sagrada é a vida humana.

Logicamente nosso posicionamento é contra a resposta bélica do governo de Israel a faixa de Gaza, pois não acreditamos que existe " Guerras Justas" somos totalmente contra qualquer tipo de guerra e violências,o único meio de resolver os conflitos será no final no dialogo e nas mesas de negociações.

Esse posicionamento critico Pacifista, humanista e ingênuo, dentro dos padrões do oriente médio vem de um humanista judeu, brasileiro que participou de forma ativa na luta contra a ditadura militar no Brasil, que na época a luta pelas liberdades democráticas nos anos de minha militância 77-82 era considerado uma grande ingenuidade, acredito na ingenuidade humana, e na esperança transmitida na luta "ingênua" de não violência de Mahatan Gandy, Martin Luter king , e O filosofo e sionista Martin Buber, que criou a 'Brit Hashalom" (Pacto da Paz) primeiro movimento de árabes e judeus que procuravam soluções pacifica.

Vivo hoje em Israel desde 1982, onde sou diretor de uma escola no Kibutz Holit na fronteira com Gaza , dirijo um centro de estudo sobre Sociedade Alternativa em conjunto com a Sapir College (Sderot).Aqui de Israel ,e em Holit na faixa de Gaza, vivemos a realidade dos foguetes da Hamas que são disparados em toda a região, onde cada disparo as vezes centenas por dia tem um só objetivo matar pessoas inocentes e criar o caos e o medo a população civil .

Nada mais que surrealista se definir como humanista e pacifista e escutar no auto falantes o código "Zeva Adom" (cor vermelha) anunciando a saída de mais um foguete em direção a sua região, 15 segundos ,onde você é alvo, onde alguém quer te matar pelo simples fato de ser diferente (judeu).

As Bombas, foguetes, tiros, morteiros não interessa de que lado vem, pois mata e destroi e todos esses atos são atos desumanos, inadmissíveis por qualquer pessoa que se define humanista. Morte nas guerras não é uma questão matemática, ninguém tem o direito de tirar a vida do outro.

No judaísmo tem uma frase que define muito claro esse conceito onde diz " se você ajuda uma pessoa e como você estivesse ajudando toda uma comunidade, e se você salva uma vida e como se tivesse salvando toda uma humanidade"A Vida do ser humano é sagrada!

Uma semana antes de começar os ataques Israelense a faixa de Gaza ,Em Holit, local onde trabalho caiu 2 foguetes, um estrondo tremendo de se arrepiar não somente os ossos, mais é como se sentisse que a morte veio bater em sua porta, um desses foguetes caiu cerca da casa de um casal de brasileiros com 2 crianças pequenas.

A família Shnaider recém chegados a Israel,os pais e a filha tinham saído para o mercado e deixaram o menino de 9 anos sozinho em casa. O Foguete estraçalhou as janelas e a porta da casa e por sorte o menino estava na sala ao lado da parede onde foi protegido, onde os estilhaços se espalharam em toda a casa.De imediato chegou as pessoas do Kibutz e da segurança e encontraram o menino em pânico, por sorte que o menino e ninguém saiu ferido.

Cada caída desses foguetes dentro da população israelense, não somente mata, fere e destrói casas como também deixa, cicatrizes emocionais e psicológicas que carregaremos, para o resto de nossas vidas.Penso também muito nas crianças e nas famílias de Gaza e nessa Tragédia Humana que vivemos na nossa região, cada bomba em cada lado não somente traz a destruição mais sêmea a sementes do ódio entre judeus e palestinos, sementes de ódio que se transformarão em frutos da intolerância e da violência para as futuras gerações.

Com essa tragédia na região da faixa de Gaza, tivemos que fechar as atividades do centro de estudo que trabalho, como no momento esta fechado todas as instituições educacionais da região (escola-jardim de infância, universidades e o centro de Holit).Vivo como muitos Israelense acompanhando na midia,sobre os acontecimentos, eu rezo para que no noticiário das Oito da noite traga boas noticias, não que Israel conseguiu maiores ganhos, ou conquistas.

Rezo para a noticia do cessar fogo e de uma resolução de paz.Rezo que os foguetes da Hamas se selecione e que os jovens soldados israelense volte para casa de seus queridos pais e familiares, e que seus filhos não serão novos e futuros soldados que terão que ir para uma nova guerra.Rezo para que a vida da população de Gaza se organize e que possamos nos perdoar um aos outros pelas mortes e a destruição entre os nossos sofridos povos.Peço uma ajuda verdadeira dos países e das nações de da civilização humana a dar uma esperança de vida e dignidade ao povo palestino.

Vejo no noticiário as manifestações e o grito mundial contra a invasão bélica de Israel a faixa de Gaza, porem me surpreende em ver esse fenómeno da simbiose da esquerda fascista,com bandeiras vermelhas de mãos dadas com o movimento fundamentalista islâmico, com seus cartazes e bandeira da Hezbollah e frases como Morte a Israel! Jihad aos Judeus! Jihad a Israel!O Velho judeu Marx provavelmente deve estar dando cambalhota no seu túmulo.

Arrepiante!

Humanistas do mundo uni-vos!

Temos que manifestar nosso grito de Paz e Não-violência em todos os lugares do mundo.
Gostaria como ser humano e judeu que vive em Israel ser também entendido, e que fossem solidários também aos nossos sofrimentos, como um pais que quer ter o direito de existir! Quero que nos incluem no artigo III dos direitos humanos que diz "Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal".Isso inclui a todos a nos também que vivemos em Israel.

Como pessoas comuns em Israel e na Palestina queremos coisas simples em nossas vidas, queremos acordar de manha, beijar nossos filhos no caminho da escola, e sair para trabalhar, tomar um café sossegado no bar com os amigos, comprar flores, pão e verdura no mercado, voltar para casa e saber que se passou mais um dia normal em nossas vidas, sem viver no medo do terror e do ódio do fanatismo religioso da Hamas,e da insanidade bélica dos governantes de Israel.Espero que esse pequeno e simples desejo se realize, para nos de israel e todos Palestinos que vivem na faixa de Gaza.

Shalom, Salam, Paz

Jayme Fucs Bar

Uma terceira Via ao Conflito

Uma Terceira Via ao conflito
Jayme Fucs Bar – Israel

Queridos amigos e amigas,
Existe hoje no contexto da guerra entre Israel e Hamas, "realidades". Realidades diversificadas, onde grande parte dessas "realidades" estão contaminadas por tendências.

Não existe na Mídia , uma procura de entender a realidade de forma profunda, muito menos objetiva, muito menos se quer dentro de uma visão humanizadora .
O que existe é uma grande lavagem cerebral ,da manipulação dessas "realidades", onde cada lado usa a mídia como uma efectiva e poderosa arma de guerra , para conseguir ganhos na opinião publica.

A manipulação é total e absoluta, o objectivo e desumanizar o outro lado,como forma de deslegitimar o adversário.

Não devemos cair nessa armadilha da lavagem cerebral de que "Sionismo é racismo", "Ataque nazista" etc.. ou como " todo Islão é terror" "Todo palestino quer destruir o estado de Israel".

Quem se posiciona como uma postura Humanista, deverá procurar ter uma pratica e uma linguagem diferente da manipulação desses dois lados do conflito, poderia enviar a vocês dezenas de filmes feito em Israel e por seus simpatizantes no mundo ,onde "prova" , com as fotos de mortes, sangue,e destruição dos atentados terroristas e os foguetes nas cidades de Israel, poderia também enviar a todos plataforma da Hamas, da Hezbollah e do Irão onde anuncia de forma clara a destruição de Israel.
Mas essa não poderá ser a questão principal de nossos discursos,pois cairiamos na armadilha de um dos lados.

Os humanista devemos estar consciente em não cair num discurso desumanizador.
Importante entender! Não existe um cidadão Israelense, que não perdeu alguém próximo no Holocausto,ou num atentado de terrorismo ou numa das 7 guerras desse seus 60 anos de existência.
Não existe uma familia Palestina que não perdeu um de seus queridos numa das guerras com Israel .
ISSO SE CHAMA TRAGEDIA HUMANA!

O Conceito de Guerra Israel – Hamas aqui no oriente medio, não é como se pensa ou se faz ser entendido como mais uma guerra isolada, ela é consequencia de uma cadeia de violência que começou na tentativa de exterminio absoluto do povo judeu pela besta nazista,a costrução do estado judeu , e em consequencia as guerras de 48,55,67,73, 82,2006,2008.
Essas Guerras são uma disputa sem fim, pelo direito a herança histórica, religiosa e cultural de um mesmo territorio.
A solução para nos humanista em Israel é a divisão das terras revindicadas por por judeus e palestino em 2 paises e 2 territorio, Israel e palestina ( Cisjor dani a e Faixa de Gaza) tregua sem vencedores!
BASTA de morte! BASTA de Guerra! BASTA de Tragedia a esses 2 povos sofridos judeus e Palestino.

Não devemos fazer esse macabra contabilidade de verificar de que lado morreu mais ou menos gente,cada ser humano que cai em cada lado do campo de batalha,é um ato de tragédia de autodestruição da especie humana, que jamais devemos aceitar nem mesmo uma só morte pelo ato de violência.

Acredito numa concepção de vida que procura uma terceira via, diferente do capitalismo global (representada pelo atual governo de Israel)e diferente do fundamentalismo religioso ( representada pelo Hamas,Irã, Hesbolla , El Kaida).Sim é verdade não abro mão de minha inocência, talvez e a única forma de estar lucido dentro desse grande delírio que vivemos neste mundo é a inocência.

Voces sabem alguma coisa sobre o Partido Meretz, Paz Agora , Hashomer Hatzair? Não? sabe porque porque eles pertencem a terceira via, são militantes ativos contra a postura bélica de Israel e contra o fundamentalismo Islâmico.
Meretz, paz Agora e Hashomer Hatzair são eterna oposição a essas duas forças politicas, destruidoras, que manipula a opinião publica e consegue sob base do poder que tem nas mãos criar uma desinformação coletiva, dividindo o publico mundial totalmente massificado por uma dessas alternativas, como se fosse essas as "únicas alternativa" viáveis a "realidade" possivel no oriente medio.

Vocês sabem alguma coisa sobre os grupos palestinos que lutam em Gaza contra o fundamentalismo islâmico? Não? Ele existe? sim! Claro! E eles também são parte dessa terceira via. A diferença entre esses grupos em Gaza que eles não tem a possibilidade de se organizar ou se manifestar de forma aberta ,como os grupos em Israel, pois vivem em estado totalitário e não numa democracia.

Vocês sabem alguma coisa sobre os grupos de árabes e judeus em Israel que atuam em conjunto pelo dialogo e coexistência? (Newe Shalom,Sulra, Altenative,Givat Haviva etc.) Não? sabe Por que eles também são terceira via! A Mídia não interessa por esse discurso humanista de dialogo e paz, pois isso não vende jornais, nem da ibope na TV,e os meios de comunicações estão contaminados por uma dessas duas alternativas ameaçadoras .

Para nos humanistas,que vivemos em Israel o conflito e a guerra faz parte da nossa triste "realidade" de nossas vidas, a tendência num conflito e ver somente um lado o seu lado, o lugar onde você vive, porem a nossa luta aqui é outra! ela é maior ainda ,pois temos que bater de frente contra essas 2 forças opressivas, pois neste delírio do ódio vivido no oriente medio,devemos estar em estado de constante consciência , frente a uma forte e poderosa opinião publica que justifica a guerra em Israel, consciência é saber que mesmo como minoria, vamos fazer escutar nossos gritos e que que não vamos abrir a mãos de nossa postura e opinião.

Com certeza ,que vemos "realidades" e aspectos diferentes de muitos de vocês que estão do outro lado planeta, porem o dialogo é justo,o ódio não! e o mais importante é saber que a nossa luta aqui é a luta de vocês, e a luta de vocês no Brasil também é a nossa luta ,que não estamos sozinhos,e temos que unir todas as forças humanista em cada canto desse planeta , é criar juntos através da educação e da conscientização uma massa critica de seres humanos, onde que cada um possa assumir responsabilidades sociais e ecológicos no seus espaço de atuação, organizando manifestações, de ativismo de não violência.
Queremos fazer de nossos atos e ações "realidades" diferente ao Capitalismo global a ao Fundamentalismo religioso.

Nos humanistas devemos criar em nossas ações e em nossos atos a possibilidade pratica de criar um novo conceito de vida, para o mundo e para os seres humanos, queremos uma terceira via de esperança, que reivindica uma sociedade diferente dessa que vivemos hoje,onde que a vida seja sagrada, e seres humanos tenha esse simples direito o de nascer ,viver e morrer em paz com dignidade sem Guerra e sem Violência.

Shalom , Salam, Paz

Jayme Fucs Bar